sábado, 5 de outubro de 2013

CIRURGIA DA COLUNA: HERNIA DE DISCO E CUIDADOS NO PÓS-OPERATÓRIO

A ALEGRIA DE UM HOMEM QUE ANDA...
Nesta luminosa manhã, levanto a taça transparente e brindo à saúde. Ato seguido, trago -no estilo atlético que prediquei por toda a minha vida - um gole gordo d’ água doce do Rio Acre: arcano que continuo, não concebo o derramamento das águas.
Mas, o meu objetivo principal desta missiva é de registrar uma cabível e grata historinha: no dia mais difícil da minha vida (sete semanas em cadeira de rodas, motivada por queda de altura, fora do meu estado de origem) recebi um telefonema inesperado de uma professora da Escola Dr. João Aguiar (eu trabalhei lá em 1993). De pronto, reconheci a Professora (representando aquela equipe de bons professores) pela voz e nome. Ela me notificou que tomara conhecimento do meu quadro clínico por terceiros e manifestou a disposição da Equipe à ajuda -  por várias formas, inclusive financeira. À queima-roupa, perguntou-me de quanto e do quê eu estava precisando.
Naturalmente e educadamente declinei da ajuda financeira... afinal, dinheiro de trabalhador é energia sagrada. Disse à Professora que noticiasse aos colegas professores da E.D.J.A. que minha pessoa mantinha– e estava me valendo - de uma certa quantia  guardada para os dias difíceis, mas que se acaso necessitasse de alguma coisa, retornaria através daquele número. Escrevo ainda emocionado com a nobreza do gesto.
Gostaria de registrar publicamente que aquela atitude da Equipe D.J.A. me valeu por milhões de dólares, não de coisas materiais, mas de ânimo. Eu não me lembrava mais daqueles amigos e - por dez anos - não lhes fiz visita, mas eles não me esqueceram. Fiquem certos, amigos de que, pelo gesto, ser-lhes-ei eternamente grato.
Deixo registrado aqui, para que Deus tome nota e escreva nos registros da natureza que as companheiras Rosângela Castro e Clarice Teixeira Maia, também, me contataram oferecendo ajuda, inclusive financeira. Registro indispensável é asseverar igualmente que, está última oferta, também foi – por minha pessoa - gentilmente dispensada.
Já o meu presidente, o Poeta e Escritor Mauro D’ Ávila Modesto me prestou grande apoio e ajuda, merecendo, no caso, um capítulo em separado.
O amigo Jornalista Luiz Eduardo Lages, filho do, também, meu amigo, o saudoso General Mário Luiz de Lima Lages, idealizador da Fundação dos Estudos do Mar - FEMAR no RJ, me prestou importante ajuda na viabilização, escolha e abertura do leque de possibilidades de atendimento médico especializado, inclusive junto a Equipe Médica do Jóquei Clube de São Paulo - SP.
Grande ajuda também recebi por parte da minha família e irmã Maria Josefa de Pontes (nome/homenagem a minha saudosa avó paterna) e seu esposo Antônio, residentes em Senador Canedo - GO.
Deixo registrado aqui a gratidão eterna a minha cunhada Prof.ª Leuda Pereira e ao meu cunhado Francisco Vitoriano Filho, ao Dante, a minha cunhada a Dra. Maria Lúcia Ugalde, meu sobrinho Dr. Nick Andrew Ugalde, pelas providências: da compra das passagens aéreas até a limpeza da casa no meu retorno.
Tenho ainda que agradecer a um certo “anjo” chamado Rômulo Araújo - que alimentou os meus cães e cuidou da higiene da casa por este período difícil de cinco semanas, sem esquecer as minhas companheiras da Equipe pedagógica da SEE/AC: Prof.ª Glícia Conde, Prof.ª Cilene Gonçalves, Prof.ª Quinha Bezerra, Prof.ª. Lúcia Torres, Prof.ª Lurdes Pereira pela ajuda junto  a Unimed a fim de que esta se dignasse, embora tardiamente, a considerar a urgência da minha cirurgia.
Agradeço também o apoio da minha Coordenadora a Prof.ª Eliana Kusdra e dos meus Diretores - Prof. Valmir Nicácio e Geralda D’ Ávila, pelos telefonemas de apoio e por todas as providências que necessitaram tomar para ratificar o meu afastamento das atividades docentes; além dos Professores - Eudes Moura, Uilandia Mendonça, Gládis Assaf, Francisco Bandeira, João de Souza Lima; além das exemplares companheiras: Regina Teixeira e Jardilina Chaves.
Peço desculpas por não conseguir nominar a tantos nomes que, aqui, guardo na mente: desde o meu bom companheiro, o Historiador Assis Costa até o Delegado Regional do Trabalho no Acre, o meu irmão e Dr. Pedro Netto.
É imperativo e categórico registrar ainda os meus agradecimentos a pessoa do Juíz de Direito Levine Artiaga, Membro da Presidência da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás, pela intervenção – em meu auxílio – junto a Unimed GO e o bom e ascendente nome do meu companheiro de armas, o Advogando Roney Reis (Aline, Angélica e Juliano) funcionário do TJ/GO, pelo apoio, mobilização e hospedágem em sua residência.
Por fim, agradeço a Deus e a perícia do Dr.  Carlos Roberto Sampaio de Assis Drummond, Fundador do Instituto Drumond e Chefe da Equipe Médica do HGO, por através das suas competente equipe (Mayra, Tálita, Dr. Daniel...) e das suas mãos divinas ter me tirado da cadeira de rodas, um dia após milagrosa cirurgia realizada no Hospital Santa Helena, em Goiânia-GO.
Peço perdão as pessoas com mérito que aqui não agradeci. Os erros e a lógica do texto denunciam que este escriba ainda está em fase de recuperação, mas fiquem certos de que gratidão eterna lhes guardo empenhada.
Finalizo agradecendo a minha dileta e inseparável Esposa Maria do Socorro de Pontes que foi - naqueles dias aziagos - meus pés, minhas mãos e meu abrigo certo das horas incertas.
Escrevi um soneto ontem, para ver se ainda sabia escrevê-los,  através de conversas - na linha - com o poeta e amigo baiano Claudio Godi e minha Confreira Dra. Luísa Galvão Lessa Karlberg. Vou deixá-lo aqui abaixo para vocês apreciarem, com meu abraço agradecido, de um homem que anda...
Att.
Prof. Renã Leite Pontes
Autor de Diálogos Anversos e Inconsciente Coletivo
Membro Fundador da Academia Acreana de Poetas (Cadeira N 06),  Rio Branco - AC
Membro Efetivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE (Balneário Camboriú - SC)
Membro Honorário do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais – InBrasCI (Rio de Janeiro - RJ)
Membro Vitalício da International Writers end Artists Associations - IWA, Toledo, Ohio, USA.
A Vida
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Por Renã Leite Pontes
Vida, quem és senão sede animal,
carbono, movimento, cloro, amido...
o número de um verbo indefinido,
nervo guindado por hérnia discal?
Rasgo de sol fugaz e eucarionte,
extinto pela treva - à nona hora,
lume que brilha, “reina” e vai-se embora
sem mala e sem gibão, por trás do monte.
Quis, em vão, a reforma da saúde,
a proletária quis muito e amiúde,
desde menino cultuei ao Cristo
Pregando ao povo cheio de impotência,
com sede em frente ao mar. Oh, paciência!
na minha opinião a vida é isto.