segunda-feira, 25 de agosto de 2014

TRIBUTO A FÊNIX RENASCIDA


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Por Renã Leite Pontes

Belíssima avezinha alma-do-prado.
muitos poemas por ti sepultei
no campo da esperança do empregado
tripudiado por um falso rei.

Por nosso amor a Deus e a boa Lei,
com sacrifícios ante a covardia,
pelas virtudes eu nos condenei
à pena capital naquele dia.

Mas, fênix das cinzas renascida,
depois que foste de morte ferida
e em cinzas de carbono transmutada

Soubeste do tributo que o favor
reclama... um voto em desagravo à dor
da ferida na calma da escalada.




O SUSTO
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 Por Renã Leite Pontes

Eu gostaria de dar ao público uma poesia realística e bonita...
Nos primórdios da vida, eu cria que os poemas vinham das montanhas:
As vozes dos ventos furiosos que desciam das Cordilheiras dos Andes duelando em dias de tempestade,
O primeiro poema humano que avistei foi de Augusto.
Quem sabe devido ao susto que tomei quando li seus versos pela primeira vez,
Tornei-me um poeta:
Ele dizia que era uma sombra, igual a mim, que vinha de outras eras, que nem eu,
Do cosmopolitismo das moneras e que era um verme, do jeitinho que eu me sentia:
Um vírus em um planeta de luxo!
O fato é que, pelo poema - sem saber como - desejei ardentemente deixar de ser verme.
Foi aí que me dei conta de que a poesia transforma vidas.
Muitos anos se passaram. Represei poesia, mas escrevi poemas que viraram livros.
Até que conheci Terezinka Pereira, uma brasileira que mora bem longe:
Mostrou-me, um copo de vidro translúcido, em forma de poema,
Meio de água cristalina, em forma de letras. Pura poesia realística e transparente,
Imaculada e a salvo do alcance da corrupção da forma e do estilo.
Seu vaso-poema traduziu-me a maldade da guerra e a sede da paz; a necessidade da esperança e o desejo do belo.
Eu não sabia que era possível escrever assim com tamanha realidade
Para mim, a poesia servia para negar a realidade e não para retratá-la:
Meu poema, querida, é meu ópio à vida...
E o segundo susto tomei depois que me assustou o Augusto.
Eu pensava, também, que a poesia só assustava a gente, uma vez.






sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O ABSURDO POÉTICO DE RENÃ LEITE PONTES, IWA



Análise sob olhar da apreciação científica do livro acreano "Diálogos (An) Versos" do poeta Renã Leite Pontes.

International Writers and Artists Association - IWA

Por Terezinka Pereira, Pres, Toledo, OH - USA
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A imaginação mais do que tudo define para o leitor a poesia e a prosa do escritor do Acre Renã Leite Pontes. Desde o título do seu livro “Diálogos (An) Versos*” a ilustração da capa feita por Esdon Pergentino e Jorge Rivasplata, estamos diante de uma obra original ao próprio pé da palavra. Embora pareça tudo absurdo, tudo é muito significativo.
Os versos (seriam versos?) que abrem o livro dizem:

Dizem que a poesia
é barco furado ,
mas o poeta
quando tem uma fada,
vive de nada,
atravessa a nado.
(Recorte da poesia “Ainda que Seja Tarde” de Renã Leite Pontes)

Esse “Dizem” propõe autor anônimo para não aparentar autoridade, mas a rima bem controlada é a marca do poeta, que se disfarça por modéstia.  Eu conhecia uma citação ao contrário desta, e que me parece mais respeitosa para com a poesia. É a da Ilma Fontes, editora de O CAPITAL, que diz: “A poesia é o pau que boia quando a razão naufraga “. Isto é mais favorável à poesia.
Um dos textos mais destacáveis desse livro é o intitulado “A Morte do Poeta”, dedicado “às mães, cujos ouvidos não têm ouvido poesia...”. É a história de um poeta que na hora de morrer recitou uns versos para a sua mãe morta. O narrador, que assistia isso, ao ver a morte já pronta para agarrar mais uma vítima, confessa:

Na ocasião, atônito, fiquei pensando: - a desapiedada está achando que estas moribundas palavras de ode e anseio poético são dirigidas para ela... (p. 213).

A figura da morte de maneira tradicional, com a sua “enorme ferramenta” mortífera , parando para ouvir os versos é muito poderosa, causando emoção em qualquer leitor. O narrador, por sua vez se propõe a criticar a estrutura do poema que recita o poeta moribundo, termina por considerá-lo “belíssimo”. E o final do conto, outra surpresa: o poeta morreu voluntariamente, antes que a morte o matasse!
O absurdo compartilha bem seus pontos com a imaginação , que na maior parte das vezes domina o espírito criador da prosa de ficção e da poesia. O autor de “Diálogos (An) Versos” não desmente isso. Em sua criação literária o delírio ultrapassa toda a razão.
Entretanto há algumas tentativas de realidade, como em outro texto intitulado “Só Deus Contabiliza”, também sobre a morte , que começa com este comentário:

São gravíssimas as piedades macabras das pessoas , para com quem lhes deu a vida e agora já estão nas últimas voltas do “caracol da existência”...

E poucas linhas abaixo explica a razão desse comentário:

Quando os pais estão velhos, quase todos os filhos ficam pedindo a Deu (baixinho e em pensamentos) para que seus pais morram logo e parem de dar trabalho. Pasmem! (p. 147).

Embora a rima na poesia provoque ainda mais o absurdo que o explique, vamos encontrar nos versos do poema “Vai!” um pouco de explicação do ser do poeta , de sua personalidade e até certo ponto de sua obsessão pela morte.

Se queres me encontrar
Não me procures
Onde haja aglomerações

Antes, busca-me onde haja dores
E contumazes dilacerações.

Se te chegar a hora fatigada
E tomes-me por louco ou absorto.
Deixa-me! Sorrir não mais pretendo!

Porque depois daquela madrugada,
Em cada pai que existe eu vejo um morto.
Uma sombra que ri e vai... morrendo.
(p. 71)

Deve ser por isso que o escrito colombiano Gabriel García Márquez dizia: “Cedo ou tarde, a realidade termina por dar a razão à imaginação.” Mas a estrutura formal dos versos de Renã Leite Pontes, mostra que ele tem a predileção pela poesia metrificada, imitando a clássica. Ele declara na orelha do livro: “Eu nasci estudante porque sempre gostei dos livros... e admiro o conhecimento (...) escrevi a coletânea de poemas e prosa poética que constam neste livro, que é fruto da dedicação que tenho dispensado à literatura e a Poesia.”.






*Pontes, Renã Leite: Diálogos (An) Versos. Belém: Paka-Tatu Editora, 2010.

domingo, 3 de agosto de 2014

RENÃ LEITE PONTES, IWA


 International Writers and Artists Association -
IWA, Toledo, Ohio, USA
  
A Associação Internacional de Escritores e Artistas (IWA) é a mais importante e abrangente Academia de Letras e Artes do Mundo. Sua sede radica em Toledo, Estado de Ohio, nos Estados Unidos. O poeta acreano Renã Leite Pontes é um dos seus membros. Compõem a associação diversos membros ilustres, desde Príncipes, Presidentes de nações, ganhadores dos Prêmios Nobel de Literatura e Paz, grandes Escritores, Artistas, Editores e Colecionadores de Arte, além de Ativistas culturais. A Diretoria da entidade é composta por autoridades e pessoas de prestígio de diversos países como Rússia, Cuba, Estados Unidos, Turquia, Tunísia, Argélia, Coréia, Japão. A entidade é também representada na UNESCO. Entre as atividades da IWA estão as indicações para o Prêmio de Ativista da Fundação Gleitsman, indicação e votação para o Prêmio Nobel de Paz e de Literatura. A IWA apoia a liberdade de expressão e os direitos e liberdades expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem para todos os povos.


A IWA tem muitos membros notáveis como o Marquês K. Vella Haber, SOSJ Gran Prior Internacional e Chefe do Executivo do Conselho Supremo da Sob. Ordem de São João de Jerusalém (Malta); Príncipe Waldemar Baroni Santos (Brasil); Don Ciro Punzo, Príncipe da Cnosso e Manzartille (Itália); Viktor Busa, o Presidente dos Estados/Parlamento Internacional para Segurança e Paz; Príncipe Dom Duarte Nuno Joäo Pio de Orleäes e Bragança, de Portugal; Príncipe Giuseppe Benvenuto  Agatino Raddino de Gevaudan de la Casa Real di Horistal y de las Valadas Occitanas (Itália); Dr. Denis Kelleher Muhilly, presidente da Universidade Internacional Americana; Dr. Fernando Henrique Cardoso, Presidente do Brasil (1994-2002); Frei Betto (Brasil); Dr. Aécio Neves (governador de Minas Gerais, Brasil), Fidel Castro Ruiz (Cuba) e escritores famosos como Eduardo Galeano (Uruguai ); Ernesto Sabato (Argentina); Noam Chomsky (EUA); Fernando Alegria (Chile); Rigoberta Menchú (Prêmio Nobel da Paz em 92, Guatemala); Hedi Bouraoui, Tunisia; Ejaz Rahim, Pakistan; Elaine Sommersrich, EUA; Elena Poniatowska, México; Cdlia Lamounier de Araújo, Brasil; Celso Furtado, Brasil; Cöcile Nguyen, Vietnam; Armando Rojo León, Marrocos; Frank Mackay Amim-Appiah, Gana; Fröddric Maire, França; Frederico Ningi, Angola, etc .
Entre os imortais: Marcel Marceau (França), Carlos Drummond de Andrade (Brasil), Alberto Moravia, (Itália), Ella Fitzgerald (EUA), Eugene Ionesco (Roménia), Jorge Guillon e Francisco Garcia Pavón ( Espanha), Juan Carlos Onetti Maria, Augusto Roa Bastos (Paraguai); Juan Rulfo (México), Julio Cortázar e Manuel Puig (Argentina), Maguerite Duras (França), Melina Mercouri (Grécia) e muitos outros membros que perfazem cerca de 1.350 associados em 125 países, nos cinco continentes do Mundo.


A IWA foi fundada em 1978 e apoia os direitos e liberdades na Declaração Universal dos Direitos Humanos para todas as pessoas, em todos os lugares. Sob a Presidência da brasileira Teresinka Pereira, valoriza a compreensão e o respeito a todas as culturas e tradições étnicas, assim como a liberdade de expressão e diversidade, dentro dos ditames da motivação para um mundo justo. A IWA também reforça a rejeição ao racismo, o sexismo, o tribalismo e o preconceito de idade. Na sua Revista “Fraternity”, promove o intercâmbio internacional da poesia, literatura e divulgação das ideias de reforço ao amor fraternal e o desprezo às guerras (e seus promotores), por qualquer motivo.