Educação Física Curricular
Escola Prof. José R. Leite
Excelência em Educação
|
Pelo
Prof. Renã Leite Pontes
Texto destinado aos meninos
das turmas:
101(15 cópias)
102 (25 cópias)
103 (20 cópias)
Obs.: Estude o texto com atenção para obter
boa nota na avaliação de Educação Física Escolar - N2. O professor recomenda
sublinhar as palavras desconhecidas no texto e pesquisar no dicionário, uma vez
que o SIGNIFICADO DAS PALAVRAS será solicitado na avaliação.
O Futebol de Salão e Seus Fundamentos
01-
Domínio no futsal
Domínio é a habilidade de recepcionar a bola. O objetivo do professor ao
ensiná-la é o de levar o aluno a exercitar a recepção da bola, utilizado as
diversas partes do corpo.
02 -
Controle no futsal
Controlar a bola é diferente de dominá-la. Enquanto esta ação trata-se
da recepção da bola, aquela se refere a mantê-la no ar, com toques de uma e de
outras tantas partes do corpo, sem deixá-la cair ao chão. É o que chamamos de
embaixadinhas.
03 - Condução
no futsal
A condução é quando se leva a bola pela quadra de jogo, sob completo
domínio. Essa condução pode ser feita em linha reta ( retilínea) ou em
ziguezague ( condução sinuosa) . As partes do pé utilizáveis para condução da
bola no futsal são: a parte interna e externa do pé. Neste caso, a parte
frontal do pé (o famoso “bico”) é muito ineficaz, também é considerado um erro,
realizar a condução passando o pé por sobre a bola.
04 - Chute
no futsal
Conceitualmente , o chute é dirigido à meta adversária, ensejando o gol,
ou, em poucos casos inevitáveis, para afastar o perigo de um ataque adversário
à nossa área de defesa. As possíveis trajetórias de chute, são: rasteira,
meia-altura e alta. As principais maneiras de chutar são: com a parte interna e
externa do pé, com o dorso (peito – para bolas em baixa suspensão no ar), semi-voleio,
de veleio ou com salto acrobático, de bico e por cobertura.
Cabeceio
no futsal
A exemplo do chute, o cabeceio
pode ser ofensivo e defensivo. Quem cabeceia o faz para marcar um gol, para
defender a sua equipe ou para passar a bola para um companheiro de equipe. Um
cabeceio pode ter diferentes trajetórias. Pode ser em linha reta, para o alto
ou em direção ao chão. O local da cabeça que toca na bola determinará as trajetórias
da bola.
O local da cabeça que estabelece
contato com a bola é o osso frontal (testa) do jogador - que neste instante
deverá manter os olhos bem abertos, a mandíbula estabilizada (mordendo) para
proteger os dentes, além de observar o jogo e sua intencionalidade.
Passe no futsal
O passe é um elemento de ligação entre dois elementos de uma mesma
equipe. É um fundamento, que bem realizado, faz diferença na qualidade de uma
equipe. Em geral, passa-se a bola com os pés, mas também pode-se realizar este
fundamento com a cabeça, peito, coxa e ombro.
O melhor passe no futsal (e mais usado) é com a parte interna do pé e
rasteiro.
É classificado quanto à distância, à trajetória (altura), à execução
(parte do corpo), ao espaço de jogo (quadra) e à habilidade:
Distância: Curto - até 4 metros; Médio - 4 a 10 metros; Longo - acima de
10 metros.
Trajetória: Rasteiro, meia altura, parabólico.
Execução: com a parte Interna do pé, parte externa, parte anterior
(bico), com o dorso do pé e de calcanhar.
Espaço de Jogo: Lateral, diagonal, paralelo.
Passes de Habilidade: coxa, peito, cabeça, ombro, parabólico ou cavado.
Drible
no futsal
O drible é feito com posse de bola. Quem dribla, procura, com bola,
passar por um adversário. Esse “passar pelo adversário” exigirá, diversas
vezes, velocidade, outras apenas mudança de direção, outras, criatividade,
ginga e outras ainda, todas estes atributos, simultaneamente. Entretanto, o que
dificulta a habilidade de marcar é a perda do equilíbrio. Logo, o drible eficaz
é aquele que provoca o desequilíbrio do adversário. Filosoficamente, este
fundamento deve ser evitado e substituído pelo passe. Ou seja, o bom jogador
deve procurar “ficar driblando”, o mínimo possível.
Finta
no futsal
Finta, ao contrário do drible, é realizada sem bola e com o objetivo de
obtê-la. Este fundamento tem ainda o objetivo de “enganar” o adversário para
usurpar-lhe a posse de bola. A finta é um deslocamento ou corrida falsa, um vai
e vem premeditado ou “pique falso”.
Marcação
no futsal
Quem marca tem o objetivo de “desarmar” quem detém a posse de bola,
tomando-lhe a mesma ou tirando-a. Este fundamento também tem por objetivo
impedir que um segundo destinatário do passe receba - com êxito - a bola, entretanto, o desarme
deve ocorrer sem o cometimento de falta por parte daquele que intenta a
interceptação da bola, uma vez que,
neste caso, a falta não interessa a quem já está ou é destinatário do passe que
culminará na posse de bola.
Antecipação
no futsal
O cerne do fundamento consiste em tomar a frente do adversário,
exatamente no momento em que este receberá o passe, usurpando-lhe a posse de
bola. Também há a antecipação defensiva, cujo objetivo é impedir que o
adversário tome a sua frente, neutralizando-o.
Semelhante a vida prática, quem se antecipa, confere a sua equipe,
excelentes possibilidades de êxitos durante o jogo.
Proteção
de Bola no futsal
Proteger significa: manter a posse de bola quando marcado diretamente
por um adversário. Quem protege deve antecipar o lado que o oponente quer
“entrar” a fim de realizar o desarme. A proteção (na acepção do termo) deve ser
feita com o tronco ou o braço, sem, no entanto, empurrar o adversário,
cometendo falta.
Habilidade
do Goleiro no futsal
São as pegadas; reposição, lançamento, defesas altas, defesa média
(encaixe), defesas baixas, saídas de gol.
Segundo a técnica do goleiro, quando a bola vem alta, os polegares do
goleiro devem voltar-se para dentro. Quando a bola vem baixa e rasteira, os
polegares do jogador devem estar voltados para fora. No caso das bolas
direcionadas à altura do seu tronco, o goleiro deve usar a técnica do encaixe.
Defesas altas:
São aquelas realizadas acima da linha do quadril do goleiro, ou acima
deste.
Defesas baixas: são as defesas realizadas abaixo da linha do quadril.
Reposição:
Acontece quando, com o uso das mãos, o goleiro coloca a bola em jogo na
sua meia-quadra. A reposição deve visar um companheiro bem colocado em espaço
livre e posicionado de frente para o goleiro.
O
lançamento
É realizado na meia-quadra de ataque adversário, posto que a nova regra
do arremesso de meta permite esta manobra.
QUALIDADES
FÍSICAS OU CAPACIDADES FÍSICAS
Uma qualidade física (ou capacidade
física) pode ser definida como todo atributo do corpo humano passível de
adaptação por treinamento para melhoria do desempenho físico.
01-
VELOCIDADE - É a qualidade física particular do músculo e das coordenadas
neuromusculares que permite e execução de uma sucessão rápida de gestos que, em
seu encadeamento, constituem uma só ação de intensidade máxima e duração breve.
Pode ser basicamente de dois tipos:
1. Velocidade de reação
2. Velocidade de deslocamento
02-
FORÇA - É a qualidade física que permite a um músculo ou grupo muscular a
realização de contração para vencer uma resistência na ação de empurrar,
tracionar ou elevar. Pode ser de três tipos:
a) força dinâmica
b) força estática
c) força explosiva
03-
RESISTÊNCIA - É a qualidade física que permite suportar o esforço físico, durante um
tempo prolongado. Pode ser dividida em três categorias:
a) Resistência
aeróbia ou aeróbica - definida como a qualidade física que permite a um atleta sustentar por
um período longo de tempo uma atividade física relativamente generalizada
respirando oxigênio, isto é, nos limites do equilíbrio fisiológico denominado
"steady-state" (estado de equilíbrio).
b) Resistência
anaeróbica - Permite ao atleta suportar uma atividade com débito de oxigênio. Neste
caso, a principal variável é a crescente fadiga muscular versus (contra) o
tempo.
c) Resistência
muscular localizada (RML) - Permite ao praticante realizar pelo
maior tempo possível a repetição de um movimento com a mesma eficiência e
continuidade do esforço.
04-
FLEXIBILIDADE
É a qualidade física que condiciona a articulação a movimentar-se dentro
dos limites ideais a determinados exercícios físicos. Depende diretamente da
flexibilidade articular e elasticidade muscular. O sexo feminino e as crianças
são mais flexíveis, devido, principalmente, a elastina (proteína elástica) que
constitui os músculos, tendões e ligamentos.
05-
AGILIDADE
É a qualidade física que permite mudar de local ou a direção do corpo no
menor tempo possível. Para a agilidade, a força e a flexibilidade são muito
importantes.
06 -
COORDENAÇÃO MOTORA
É a qualidade física que permite ao corpo humano assumir a consciência
da execução de um ou conjunto de movimentos, com o máximo de eficiência, técnica
e economia de energia.
07-
DESCONTRAÇÃO OU RELAXAMENTO
É a capacidade física compreendida como o relaxamento, descontração ou
economia de tensão dos grupos musculares não exigidos durante uma atividade por
ação voluntária.
08-
EQUILÍBRIO
É a qualidade física conseguida por força de ações musculares com o
propósito de sustentar e equilibrar o corpo sobre uma “base” (ponto de apoio),
contra a lei da gravidade. Pode ser de três tipos:
Equilíbrio dinâmico – em movimento.
Equilíbrio estático – com o corpo parado
Equilíbrio recuperado – manter-se imóvel e em equilíbrio, após um
movimento, semelhante a pose, na dança.
TÉCNICA E TÁTICA
TÁTICA
- É um plano de ação composto de ações específicas e práticas para vencer
as estratégias ofensivas do adversário e, ao mesmo tempo, ofendê-lo ou atacá-lo
da forma mais indefensável possível. Toda ação tática depende da técnica dos
seus executores.
TÉCNICA
- Aqui, definiremos técnica como a realização do movimento da forma mais
perfeita possível. É um elemento que depende da prática, da experiência e da
inteligência.
REGRAS OFICIAIS
REGRA 09 - BOLA EM JOGO E FORA DE JOGO
1- A bola estará fora de jogo quando:
a) Atravessar completamente, quer pelo solo, quer
pelo alto, as linhas laterais ou de meta;
b) A partida for interrompida pelo árbitro;
c) Jogada a partida em quadra coberta e a bola bater
no teto ou em equipamentos de outros desportos colocados nos limites da quadra
de jogo, a partida será reiniciada com a cobrança de tiro lateral a favor da equipe
adversária à do jogador que desferiu o chute, na direção e do lado
onde a bola bateu.
2- A bola estará em jogo em todas as outras ocasiões,
desde o começo até o término da partida,
inclusive:
a) Se tocar nos árbitros colocados dentro da quadra
de jogo;
b) Enquanto não se adota uma decisão por suposta
infração as regras do jogo;
c) Bate em uma das traves ou travessão e permanece
dentro da quadra de jogo.
3- Se a bola perder sua condição normal de jogo
durante o transcorrer da partida, esta será interrompida, a bola substituída e
a partida reiniciada com a execução de bola ao chão no local onde a mesma
perdeu sua condição normal de jogo, salvo se tenha ocorrido dentro da área
penal,
ocasião em que a bola ao chão será executada fora da
mesma e na direção de onde perdeu a condição.
4- Se a bola perder sua condição normal de jogo, no
exato momento em que é posta em movimento (tiro inicial, tiros livres direto e
indireto, tiro de penalidade máxima, lateral, de canto ou arremesso de meta) e
antes de ser tocada por outro jogador, a bola será substituída e o lance será
repetido.
5- Estando a partida em movimento quando um acidente
ocorrer com jogador dela participante, o árbitro retardará o apito até que a
jogada seja concluída, ou seja, que o jogador de posse da bola conclua o lance,
perca a posse da bola ou que esta saia da quadra ou ocorra paralisação da
jogada.
6- Para os árbitros os pedidos de tempo técnico e
paralisação serão ilimitados. Porém, somente poderão ser ordenados com a bola
fora de jogo.
7- Em caso de acidente grave com o jogador, o
árbitro providenciará ou solicitará a remoção do mesmo, tão logo seja possível,
para fora das linhas demarcatórias da quadra de jogo, para que seja socorrido e
reiniciará imediatamente a partida. Caso o jogador seja lesionado levemente e solicite
atendimento médico, embora possa locomover‐se, o árbitro autorizará a entrada
da equipe médica e determinará sua imediata remoção da quadra de jogo e dará
continuidade à partida.
8- Sendo constatada pelo árbitro simulação de
acidente por parte do jogador ou qualquer tentativa de retardamento proposital
para ganhar tempo (defeito do uniforme, saída de bola, propositadamente pelas
laterais ou linha de meta, etc.) ordenará o árbitro o reinicio imediato da
partida sendo o jogador punido com cartão amarelo.
9- Depois de qualquer interrupção, por motivos não
mencionados nesta regra e desde que, imediatamente antes da paralisação, a bola
não tenha ultrapassado os limites das linhas laterais ou de meta, o árbitro, ao
reiniciar a partida, dará bola ao chão no lugar onde esta se encontrava quando
foi interrompida a partida, salvo se a bola estava dentro da área penal, hipótese
em que a bola ao chão deverá ser executado fora da área penal. A bola será
considerada em jogo no exato momento em que tocar no solo.
Nenhum jogador poderá ter contato com a bola antes
que esta toque o solo. Se esta disposição não for cumprida, o árbitro
determinará a repetição de bola ao chão.
REGRA 15 - TIRO LATERAL
1- O tiro lateral será cobrado sempre
que a bola atravessar inteiramente as linhas laterais quer pelo solo, quer pelo
alto ou tocar no teto.
2- O retorno da bola à quadra de jogo
dar‐se‐á com a movimentação da mesma, com o uso dos pés, sendo a bola colocada
no local onde a mesma saiu, podendo ser jogada em qualquer direção, executado
por um jogador adversário daquela equipe que tocou a bola por último.
3- O jogador, no momento em que executar
o tiro lateral, deverá fazê‐lo com uma parte de um dos pés sobre a linha
lateral ou na parte externa da quadra de jogo. Não podendo estar com o pé
totalmente dentro da quadra.
4- A bola estará em jogo assim que o
tiro lateral for concretizado de acordo com esta regra, e a bola depois de
movimentada entrar na quadra de jogo.
5- O jogador que executar o tiro lateral
não poderá tocar uma segunda vez na bola enquanto outro jogador não tocar na
mesma.
6- Se um jogador executar o tiro lateral
contra a sua própria meta, e a bola tocar ou for tocada por qualquer jogador e
penetrar no gol, o tento será válido. Se penetrar no gol diretamente o gol não
será válido. Será cobrado tiro de canto em favor da equipe adversária.
7- Se um jogador executar o tiro lateral
contra a meta adversária, e a bola tocar ou for tocada por qualquer jogador e
penetrar no gol, o tento será válido. Se penetrar no gol diretamente o gol não
será válido. Será cobrado arremesso de meta em favor da equipe adversária.
8- Quando da realização de tiro lateral,
os jogadores adversários deverão respeitar a distância mínima de 5 metros da
bola.
9- Na execução do tiro lateral a bola
deverá estar apoiada no solo, ser colocada na direção onde saiu, estar imóvel
ou podendo mover‐se levemente, colocada sobre a linha lateral ou no máximo 25
(vinte e cinco) centímetros para fora da linha.
10- Quando a bola sair da quadra e ao
mesmo tempo houver uma substituição de jogador, este jogador para executar
qualquer jogada, deverá primeiro entrar na quadra pela zona de substituição,
mesmo quando o local do tiro lateral coincidir com o espaço correspondente a
zona de substituição.
11- A equipe que for executar o tiro
lateral deverá fazê‐los 4 (quatro) segundos posteriores em que a bola esteja à
disposição.
12- Se a bola for colocada em jogo de
maneira irregular, fora do local onde saiu, e demorar mais de 4 (quatro)
segundos para a execução, chutada para fora da quadra ou infringir a esta regra
de qualquer outra maneira, o árbitro determinará reversão do lance, cabendo a
um jogador da equipe adversária a execução de novo tiro lateral.
13- Se o goleiro cobrar o tiro lateral,
ele não poderá receber a bola, em sua meia quadra vinda de um seu companheiro
enquanto a bola não tocar em jogador adversário. Se for um companheiro que
executou a cobrança, o goleiro poderá receber uma vez em sua meia quadra, desde
que ainda não
tenha
tocado no ataque.
14- Se o goleiro receber a bola em sua
meia quadra de jogo vinda de um companheiro e o mesmo conduzir a bola para o
ataque, ele poderá retornar com ela para sua meia quadra, sendo que ao retornar
a sua meia quadra inicia a contagem dos quatro segundos.
15- Se o goleiro receber a bola na quadra
de ataque poderá retornar para sua quadra respeitando os quatro segundos.
PUNIÇÃO
a)
Se um jogador executar o tiro lateral e tocar uma segunda vez na bola, antes
que qualquer outro jogador o faça, sua equipe será punida com a cobrança de um
tiro livre indireto a favor da equipe adversária no exato lugar onde se
encontrava a bola, salvo se dentro da área penal da equipe infratora, quando
então será cobrada sobre a linha da área no ponto mais próximo de onde ocorreu
a infração;
b)
Se um jogador demorar mais de 4 (quatro) segundos para executar o tiro lateral
o árbitro determinará reversão do lance, cabendo a um jogador da equipe
adversária a execução de novo tiro lateral;
c)
Se um jogador substituto executar o tiro lateral, sem antes concretizar a substituição
entrando na quadra de jogo, o jogador deverá ser punido com cartão amarelo e o
tiro lateral revertido em favor da equipe adversária;
d)
Se um jogador adversário tentar obstruir ou atrapalhar a cobrança, intencionalmente,
deverá ser punido com cartão amarelo.
RECOMENDAÇÕES:
a)
Na execução do tiro lateral, o jogador que estiver a mais de 5 (cinco) metros
da bola e aproximar‐se da mesma, tentando impedir ou dificultando a cobrança e
retardando o reinicio da partida, deverá ser advertido com cartão amarelo.
A LEI DA
VANTAGEM
Os
árbitros têm por dever prioritário facilitar as equipes disputantes à oportunidade
de praticar um FUTSAL atrativo aos espectadores, exigindo dos jogadores a
obediência às regras. Contudo devem evitar interrupções da partida sob qualquer
pretexto, apitando excessivamente, aborrecendo os jogadores e assistência, comprometendo
o brilho do espetáculo.
A
“Lei da Vantagem” assegura prerrogativas aos árbitros para deixar de assinalar
faltas em que os infratores se beneficiem, com exceção dos casos em que se
impõe a marcação para não malferir a exigível disciplina ou observância das
regras.
O
FUTSAL inclui‐se entre os desportos que vedam aos árbitros a oportunidade de
exibir conhecimentos outros que não se limitam ao estabelecido pelas leis do
jogo, devendo sua intervenção circunscrever‐se ao absolutamente necessário, dentro
do exigido pelas regras, propiciando decisões amparadas na lógica e no bom
senso.
A
título de exemplo, se um jogador defensor, para evitar a transposição da bola
usa as mãos, mas não consegue o seu intento, a regra, tal como as leis, vendo
os casos na sua generalidade, determina a marcação da falta anulando a validade
do tento, mas a decisão correta é validar o tento, deixando de lado que antes
do trajeto da bola para as redes ocorreu uma infração técnica.
Outro
exemplo é o de que um jogador atacante ao desfrutar de situação privilegiada
para consignar um tento sofre uma das faltas caracterizadas pela infração a
regra 12 (doze), mas, mesmo assim, consegue ficar de posse da bola e prossegue
na jogada, a decisão que mais uma vez se impõe é a não marcação da falta que,
sem dúvida, irá beneficiar o infrator. Num outro temos a ação do atacante
correndo com a bola dominada, perseguido por um antagonista que, por lhe faltar
velocidade, atira‐se ao solo e prende entre suas pernas as do adversário.
Apesar da ilegalidade cometida um outro jogador da equipe atacante consegue
ficar de posse da bola e, concluindo a jogada, consigna o tento para a sua
equipe. A decisão mais correta é não apitar a falta acolhendo como perfeita a
marcação do tento e, após a conclusão do lance manda anotar na súmula como
falta acumulativa, se a infração foi para ser marcado tiro livre direto.
Dentro
deste critério, se o árbitro ao julgar as possibilidades do atacante conquistar
o tento, deixa o jogo prosseguir, porém o jogador ao aproximar‐se da meta chuta
a bola e esta se choca com um dos postes ou travessão, não 70 deve, apitar
falta anterior, nem mesmo que o seu local tenha sido a área de penalidade
máxima.
Inicialmente
agiu corretamente o árbitro não punindo a equipe infratora, de acordo com a
“Lei da Vantagem”, pois o lance poderia resultar na punição maior, ou seja, a
conquista do tento pelo adversário. Contudo, não sendo na continuidade da
jogada, aproveitada a vantagem pelo jogador atacante, o árbitro não deve
beneficiá‐lo uma segunda vez, marcando a falta.
Verifica‐se,
por vezes, que assinalando faltas de jogadores infratores beneficiando‐os,
imerecidamente, os árbitros materializam desvantagens para os jogadores
atingidos que, além de sofrer a ilegalidade de uma jogada, ficam privados de
obter a incidência salutar e benéfica da “Lei da Vantagem” em favor de sua
equipe.
Assim
a “Lei da Vantagem”, que tem lastro de preservação do direito e da razão, deve
ser empregada em todos os momentos do jogo, pois sua aplicação propicia agilidade,
colorido e emoção ao desporto, valorizando o FUTSAL na sua prática.
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