A ALEGRIA
DE UM HOMEM QUE ANDA...
Nesta
luminosa manhã, levanto a taça transparente e brindo à saúde. Ato seguido,
trago -no estilo atlético que prediquei por toda a minha vida - um gole gordo
d’ água doce do Rio Acre: arcano que continuo, não concebo o derramamento das
águas.
Mas, o meu
objetivo principal desta missiva é de registrar uma cabível e grata historinha:
no dia mais difícil da minha vida (sete semanas em cadeira de rodas, motivada
por queda de altura, fora do meu estado de origem) recebi um telefonema
inesperado de uma professora da Escola Dr. João Aguiar (eu trabalhei lá em
1993). De pronto, reconheci a Professora (representando aquela equipe de bons
professores) pela voz e nome. Ela me notificou que tomara conhecimento do meu
quadro clínico por terceiros e manifestou a disposição da Equipe à ajuda - por várias formas, inclusive financeira. À
queima-roupa, perguntou-me de quanto e do quê eu estava precisando.
Naturalmente
e educadamente declinei da ajuda financeira... afinal, dinheiro de trabalhador
é energia sagrada. Disse à Professora que noticiasse aos colegas professores da
E.D.J.A. que minha pessoa mantinha– e estava me valendo - de uma certa
quantia guardada para os dias difíceis,
mas que se acaso necessitasse de alguma coisa, retornaria através daquele
número. Escrevo ainda emocionado com a nobreza do gesto.
Gostaria de
registrar publicamente que aquela atitude da Equipe D.J.A. me valeu por milhões
de dólares, não de coisas materiais, mas de ânimo. Eu não me lembrava mais
daqueles amigos e - por dez anos - não lhes fiz visita, mas eles não me
esqueceram. Fiquem certos, amigos de que, pelo gesto, ser-lhes-ei eternamente
grato.
Deixo
registrado aqui, para que Deus tome nota e escreva nos registros da natureza
que as companheiras Rosângela Castro e Clarice Teixeira Maia, também, me
contataram oferecendo ajuda, inclusive financeira. Registro indispensável é
asseverar igualmente que, está última oferta, também foi – por minha pessoa -
gentilmente dispensada.
Já o meu presidente,
o Poeta e Escritor Mauro D’ Ávila Modesto me prestou grande apoio e ajuda,
merecendo, no caso, um capítulo em separado.
O amigo
Jornalista Luiz Eduardo Lages, filho do, também, meu amigo, o saudoso General
Mário Luiz de Lima Lages, idealizador da Fundação dos Estudos do Mar - FEMAR no
RJ, me prestou importante ajuda na viabilização, escolha e abertura do leque de
possibilidades de atendimento médico especializado, inclusive junto a Equipe
Médica do Jóquei Clube de São Paulo - SP.
Grande
ajuda também recebi por parte da minha família e irmã Maria Josefa de Pontes
(nome/homenagem a minha saudosa avó paterna) e seu esposo Antônio, residentes
em Senador Canedo - GO.
Deixo
registrado aqui a gratidão eterna a minha cunhada Prof.ª Leuda Pereira e ao meu
cunhado Francisco Vitoriano Filho, ao Dante, a minha cunhada a Dra. Maria Lúcia
Ugalde, meu sobrinho Dr. Nick Andrew Ugalde, pelas providências: da compra das
passagens aéreas até a limpeza da casa no meu retorno.
Tenho ainda
que agradecer a um certo “anjo” chamado Rômulo Araújo - que alimentou os meus
cães e cuidou da higiene da casa por este período difícil de cinco semanas, sem
esquecer as minhas companheiras da Equipe pedagógica da SEE/AC: Prof.ª Glícia
Conde, Prof.ª Cilene Gonçalves, Prof.ª Quinha Bezerra, Prof.ª. Lúcia Torres,
Prof.ª Lurdes Pereira pela ajuda junto a
Unimed a fim de que esta se dignasse, embora tardiamente, a considerar a
urgência da minha cirurgia.
Agradeço
também o apoio da minha Coordenadora a Prof.ª Eliana Kusdra e dos meus
Diretores - Prof. Valmir Nicácio e Geralda D’ Ávila, pelos telefonemas de apoio
e por todas as providências que necessitaram tomar para ratificar o meu
afastamento das atividades docentes; além dos Professores - Eudes Moura,
Uilandia Mendonça, Gládis Assaf, Francisco Bandeira, João de Souza Lima; além
das exemplares companheiras: Regina Teixeira e Jardilina Chaves.
Peço
desculpas por não conseguir nominar a tantos nomes que, aqui, guardo na mente:
desde o meu bom companheiro, o Historiador Assis Costa até o Delegado Regional
do Trabalho no Acre, o meu irmão e Dr. Pedro Netto.
É
imperativo e categórico registrar ainda os meus agradecimentos a pessoa do Juíz
de Direito Levine Artiaga, Membro da Presidência da Associação dos Magistrados
do Estado de Goiás, pela intervenção – em meu auxílio – junto a Unimed GO e o
bom e ascendente nome do meu companheiro de armas, o Advogando Roney Reis
(Aline, Angélica e Juliano) funcionário do TJ/GO, pelo apoio, mobilização e
hospedágem em sua residência.
Por fim, agradeço
a Deus e a perícia do Dr. Carlos Roberto
Sampaio de Assis Drummond, Fundador do Instituto Drumond e Chefe da Equipe
Médica do HGO, por através das suas competente equipe (Mayra, Tálita, Dr.
Daniel...) e das suas mãos divinas ter me tirado da cadeira de rodas, um dia
após milagrosa cirurgia realizada no Hospital Santa Helena, em Goiânia-GO.
Peço perdão
as pessoas com mérito que aqui não agradeci. Os erros e a lógica do texto
denunciam que este escriba ainda está em fase de recuperação, mas fiquem certos
de que gratidão eterna lhes guardo empenhada.
Finalizo
agradecendo a minha dileta e inseparável Esposa Maria do Socorro de Pontes que
foi - naqueles dias aziagos - meus pés, minhas mãos e meu abrigo certo das
horas incertas.
Escrevi um
soneto ontem, para ver se ainda sabia escrevê-los, através de conversas - na linha - com o poeta
e amigo baiano Claudio Godi e minha Confreira Dra. Luísa Galvão Lessa Karlberg.
Vou deixá-lo aqui abaixo para vocês apreciarem, com meu abraço agradecido, de
um homem que anda...
Att.
Prof. Renã
Leite Pontes
Autor de
Diálogos Anversos e Inconsciente Coletivo
Membro
Fundador da Academia Acreana de Poetas (Cadeira N 06), Rio Branco - AC
Membro
Efetivo da Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores - AVSPE (Balneário
Camboriú - SC)
Membro
Honorário do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais – InBrasCI (Rio de
Janeiro - RJ)
Membro Vitalício da International Writers end Artists Associations - IWA, Toledo, Ohio, USA.
Membro Vitalício da International Writers end Artists Associations - IWA, Toledo, Ohio, USA.
A Vida
___________________________________
Por Renã
Leite Pontes
Vida, quem
és senão sede animal,
carbono,
movimento, cloro, amido...
o número de
um verbo indefinido,
nervo
guindado por hérnia discal?
Rasgo de
sol fugaz e eucarionte,
extinto
pela treva - à nona hora,
lume que
brilha, “reina” e vai-se embora
sem mala e
sem gibão, por trás do monte.
Quis, em
vão, a reforma da saúde,
a
proletária quis muito e amiúde,
desde menino
cultuei ao Cristo
Pregando ao
povo cheio de impotência,
com sede em
frente ao mar. Oh, paciência!
na minha
opinião a vida é isto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário