domingo, 14 de setembro de 2014

A FIGUEIRA

Por Renã Leite Pontes
______________________

Herdei a robusta figueira imponente
do meu bisavô num ranchinho vetusto
de barro batido, onde um dia, ao poente,
brotara da terra em forma de arbusto.

Alçara-se aos céus com seus galhos gigantes,
por cima das matas abrindo-se inteira
porém numa tarde de ventos uivantes
tombou serra abaixo a grande figueira.

Descendo ao terreiro batido que herdei:
montanha de pedras - que a fundo encontrei -
mantinha as raízes no raso da terra.

Igual... as pessoas egóicas, menores.
“Vistosas de casca”, porém sem valores,
serão vitimadas em sua própria “guerra”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário