segunda-feira, 23 de maio de 2016



ÚLTIMO VERSO DE AMOR
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Renã Leite Pontes

Quando vencido pelo teu olhar,
e domaste, por completo, meus sentidos,
fui compensado pelos tempos idos,
em que vivi no mundo sem te amar;

Nos fundimos, então, olho no olho,
e desfrutamos de uma eternidade,
com um amor sem par - tão desmedido -
que a poucos casais se há concedido.

Mas, hoje me confessas que outro alguém,
despertou no teu peito um novo amor
e dividida pensas em deixar-me,
para poupar-me de uma nova dor.

Se queres me deixar, quero que saibas,
que sem teus beijos adoeço e morro,
que se me deixas hoje hás de matar-me,

Que nosso amor foi meu maior segredo.
oh, deixa-me amanhã, eu te suplico,
em nome deste amor que é de ninguém.

Mas, amanhã, na hora em que partires,
ignores meu pranto derramado,
sigas feliz, mudar não é pecado.

Se ali na rua, aos pés ajoelhado,
do teu divino vulto cobiçado,
eu implorar por teu amor também.

Olhes de largo, se me censurares,
direi teu nome ante os letais olhares,
no último verso de amor que eu fiz pra alguém.


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